Finalmente, depois de um período bemmmm corrido, finalmente estou voltando a escrever.
A pedidos, vou começar aqui uma série de posts sobre os maiores problemas que encontramos na área de psicologia atualmente, voltando á proposta inicial do meu blog. Irei agora começar a tratar de temas que estão presentes no cotidiano de minhares de pessoas do mundo inteiro.
Por influência de uma amiga, vou começar sobre um transtorno muito comum a "Síndrome do Pânico", ou "Transtorno de Pânico"que é algo que atinge 3% a 4% da população do mundo todo. Um número bastante grande considerando os bilhões de habitantes do mundo não é???
Você pode imaginar o que é sentir isto ?
"De repente os olhos embaçaram, eu fiquei tonto, me senti meio fora da realidade, comecei a ficar com medo daquele estado, eu não sabia aonde ia parar, eu não sabia por que..."
" ...era uma coisa que parecia sem fim, as pernas tremiam, eu não conseguia engolir, o coração batendo forte, eu estava ficando cada vez mais ansiosa, o corpo estava incontrolável, eu comecei a transpirar, foi horrível..."
"Depois da primeira vez eu comecei a temer que acontecesse de novo, cada coisa diferente que eu sentia e eu já esperava... ficava com medo, não conseguia mais me concentrar em nada... deixei de sair de casa, eu não conseguia nem ir trabalhar."
"Quando começa eu já espero o pior, "aquilo" é muito maior do que eu, o caos toma conta de mim, é como uma tempestade que passa e deixa vários estragos... principalmente eu me sinto arrasada. Eu sempre fico com muito medo de que aquilo ocorra de novo... minha vida virou um inferno."
Por estes relatos, que poderiam ser de diferentes pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico, é possível identificar o grau de sofrimento e impotência que estas pessoas sentem ao passar pelas crises de Pânico.
A pessoa sente como se estivesse com algo muito errado em seu corpo, pois este se comporta de modo muito "estranho", "louco", porém os exames clínicos não detectam nada de anormal com seu organismo.
É muito comum as pessoas irem ao cardiologista supondo ser esta a solução, porém nada aparece nos exames, tudo está "normal". Porém as crises continuam, e com a ansiedade, podem até piorar. Elas se muitas continuam se perguntando "o que há de errado comigo?", e, a menos que seja atendido por um profissional sensível e com conhecimento da área, a "peregrinação" pelos consultórios médico continuarão até que sejam encaminhados a um profissional da área Psi (veja o meu post http://psiscc.blogspot.com/2007_07_01_archive.html). Bem, vamos entender um pouco mais sobre o que é a síndrome:
A Síndrome do Pânico é um transtorno psicológico caracterizada pela ocorrência de inesperados ataques de pânico e por um estado de expectativa ansiosa sobre a possibilidade de ter novas crises.
Os ataques de pânico - ou crises de pânico - consistem em períodos de intensa ansiedade e se iniciam geralmente a partir de um susto em relação a alguma sensação do corpo. As sensações disparadoras podem ser variadas, desde uma alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de perda de equilíbrio, tontura, falta de ar, alguma palpitação diferente ou um tremor, por exemplo.
A partir deste susto inicial, começa um processo de medo e ansiedade que vai crescendo até atingir um alto grau de intensidade em que a pessoa se sente em estado de desespero e pânico.
Há alguns sintomas típicos da tanto durante as crises de pânico como nos intervalos entre elas.
Os sintomas mais comuns da Síndrome são:
Dor no peito
Sensação de engasgo
Palpitação
Tremores
Falta de ar
Rigidez
Ondas de frio ou calor
Palidez
Sudorese abundante e fria
Reflexos intensificados (hipervigilância)
Formigamento das mãos e pés
Sensação de morte ou loucura eminente
Tonteira, Vertigem, Instabilidade,
Fraqueza, Sensação de desmaio
Sensação de perda de controle, dificuldades no pensamento linear e lógico.
O importante é ser detectada o mais rápido possível, a fim de diminuir o sofrimento do paciente, e começar logo o tratamento. O tratamento deverá ser em conjunto com um psiquiatra, que entrará com uma medicação para aliviar os sintomas de ansiedade, e da depressão que geralmente vêm associada. Mas o principal também é fazer um acompanhamento com um profissional da área de Psicologia ou Psicanálise, pois, só através da psicoterapia a causa e os sintomas serão trabalhados de forma eficaz.
Temos que tentar perde o medo de se cuidar, principalmente quando o problema é de ordem afetiva ou emocional, ainda existe o preconceito em procurar ajuda profissional, geralmente agente só vai procurar ajuda de um psicólogo quando todas as outras formas de tratamento já foram excluídas (muita gente, inclusive, vai até para pais-de-santo, fazem promessas, sessões de exorcismos, etc...; quando apenas algumas consultas com o psicoterapeuta seriam necessários), gastando tempo e dinheiro com algo que seria bem mais simples e eficaz.
Esperamos que esse post tenha sido esclarecedor para alguns, e eficaz para outros....
um abraço.